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Seguros para proteger seus investimentos

Investir é, basicamente, apostar em um determinado cenário que você acredita que se realizará em algum momento. Você compra uma ação, por exemplo, porque acredita que ela irá valorizar no futuro ou pagará bons dividendos ao longo do tempo. No entanto, o futuro é sempre incerto e muitas coisas inesperadas podem acontecer no caminho.

Isso significa que, para ser um bom investidor, é necessário ter sangue frio e não se desesperar nos momentos em que há quedas acentuadas nos valores dos seus investimentos. A maior parte das vezes as reações a notícias inesperadas relacionadas ao mercado financeiro são exageradas. Com isso, é normal que o capital investido sofra uma desvalorização.

Se você tiver paciência, verá que a tendência é que essas perdas sejam compensadas no médio prazo. Para ajudar a passar por esses períodos com mais tranquilidade, é recomendável manter alguns ativos na carteira que sejam descorrelacionados dos demais. São conhecidos no mercado como “seguros”.

desenho de uma boia sendo lançada e um braço estendido no meio das ondas para pegá-la.

Apostando no prejuízo

Isso pode significar inclusive investir em coisas que você acredita que te trarão prejuízo. No entanto, caso haja algum evento inesperado, poderão amortecer as quedas provocadas por eles. Da mesma forma que um seguro de carro, por exemplo, você espera não precisar dele. Mas se acontecer algum acidente, o seguro te dará um pouco mais de tranquilidade para enfrentar a situação.

Os seguros mais tradicionais são o dólar e o ouro. O dólar, por ser a moeda da maior economia do mundo e o ouro por ser considerado uma reserva de valor. Ambos tendem a valorizar em momentos de crise, quando os investidores correm para as alternativas mais seguras de investimento.

Como investir em dólar e ouro

Para investir nesses ativos, além da compra de ouro físico e dólar em espécie, há outras alternativas que podem se mostrar mais acessíveis e seguras. Uma delas é investir em fundos cambiais e fundos de ouro (tradicionais ou ETF), cuja movimentação acompanha a desses ativos. Essa é provavelmente a opção mais prática e barata.

Outra possibilidade é negociar contratos de ouro diretamente na bolsa de valores, que garantem exposição ao dólar e ao ouro simultaneamente. Esses contratos são negociados com o ticker OZ1D (lote padrão de 250g) ou OZ2D (lote fracionado, de 10g). A liquidez, no entanto, não é muito boa e os preços podem ser proibitivos para muitas pessoas.

Algumas instituições financeiras também oferecem a possibilidade de compra de ouro físico e de mantê-lo custodiado na própria instituição, mediante o pagamento de uma taxa de custódia. Essa opção não é tão interessante porque, além do custo extra, a liquidez é pequena. Menos indicado ainda é comprar ouro físico para manter em casa, até mesmo por motivos de segurança.

O mesmo raciocínio vale para a compra de dólar físico. Além de você pagar a cotação do dólar turismo, manter uma quantidade grande de dólar em espécie em casa pode ser arriscado.

Opções de compra e venda

Outra possibilidade de seguro para a carteira é a compra de opções de compra (call) ou venda (put) de um determinado ativo ao qual você está exposto. Trata-se de contratos de derivativos que te permitem negociar as ações por um preço pré-estabelecido em uma data futura.

Por exemplo, você pode comprar uma opção de venda relacionada à ação X com o valor de strike de R$ 10 e vencimento em 6 meses. Isso significa que dali a 6 meses, caso você queira, você poderá vender a ação por esse valor mesmo que na ocasião ela esteja sendo negociada a R$ 5. Se o preço da ação estiver acima de R$ 10 basta deixar a opção vencer e, se desejar, vender a ação pelo valor de mercado.

No entanto, esse mercado ainda é pouco desenvolvido no Brasil e nem sempre é possível encontrar as opções mais adequadas para essa estratégia. Além de implicar em um custo extra recorrente, já que normalmente não há opções com vencimentos muito longos. Assim, para se manter protegido, você precisaria estar constantemente comprando mais opções, o que afetaria o lucro final da sua operação.

Diversificação

Independentemente de escolher por adquirir algum dos “seguros” mencionados acima, é manter sempre uma carteira de investimentos equilibrada. Quanto mais diversificada for a sua carteira de investimentos, menor será a necessidade de ter algum seguro, já que a tendência natural será alguns deles não irem tão bem enquanto outros apresentarão boas performances.

Lembre-se sempre de avaliar se seu portfólio está adequado ao seu perfil de investidor e se você tem mais a ganhar com seus investimentos, caso deem certo, que a perder, caso deem errado.

Você já conhecia essas formas de “proteger” a carteira de imprevistos? Utiliza alguma outra? Conta aqui nos comentários.

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