Vale a pena investir em Fundos de Investimento?
Talvez o caminho mais fácil para realizar investimentos fora da poupança e do CDB oferecido pelo banco seja por meio de fundos de investimento. É uma forma de terceirizar a administração do seu dinheiro, delegando a profissionais especializados a gestão do seu patrimônio.
Por meio deles você não precisa entender tanto sobre determinados ativos e pode se sentir mais seguro para aplicar, sem necessidade de ficar acompanhando constantemente o mercado. Aplicando em fundos de investimento, é possível investir em renda fixa, ações, moedas estrangeiras e outros ativos que nem sempre são acessíveis para o investidor pessoa física.
Você pode, por exemplo, investir no exterior sem ter que abrir conta em outros países ou aplicar em criptoativos sem ficar tão exposto à volatilidade. Também pode ter acesso a estratégias avançadas de gestores renomados e experientes no mercado e confiar o seu dinheiro a pessoas que se dedicam exclusivamente a estudar as melhores oportunidades de investimento.
Como Funcionam?
Segundo a ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), há mais de 28 mil fundos de investimento disponíveis hoje no Brasil. No entanto, é importante selecionar bem em qual você vai aplicar para não acabar caindo em uma furada.
Em primeiro lugar, é importante entender como funcionam os fundos de investimento. É como se várias pessoas decidissem se juntar para investir. Podemos pensar nos fundos como um edifício residencial. Os investidores do fundo, chamados cotistas, seriam os donos dos apartamentos e o gestor do fundo seria o síndico, que irá decidir o que fazer com o dinheiro, de acordo com o regulamento.
O valor do condomínio seria a taxa de administração cobrada pelo fundo para arcar com as despesas e a assembleia de cotistas equivale à reunião de condomínio. Há também as figuras do administrador e do custodiante. O administrador é o principal responsável pela fiscalização dos cumprimentos das normas previstas no regulamento. O custodiante é a instituição onde o dinheiro fica guardando, geralmente um grande banco.
Caso o gestor, o administrador ou o custodiante do fundo venham a quebrar, as cotas não correm risco, pois o fundo é registrado com um CNPJ separado. Caso haja algum problema, os cotistas decidirão em assembleia pela substituição do gestor, do administrador ou do custodiante.
Principais tipos de fundos de investimento
Segundo a CVM (Comissão de Valores Mobiliários), responsável por definir as regras para os fundos, existem quatro tipos principais:
Fundos de Renda fixa
Devem aplicar pelo menos 80% do patrimônio em ativos de renda fixa, que podem ser públicos ou privados. Os mais conhecidos são os fundos DI, que são considerados mais conservadores e líquidos. Não apresentam grande volatilidade e são indicados para manter a reserva de emergência.
Fundos de Ação
Devem investir pelo menos 67% do patrimônio em ações ou aplicações relacionadas. São mais voláteis que os de renda fixa e podem ser ativos ou passivos. Estes últimos apenas replicam algum índice (Ibovespa, Small Caps etc.), ou seja, a rentabilidade tende a seguir a apresentada pelo índice de referência. Os fundos ativos deixam os gestores livres para apostar nas ações que consideram ter maior potencial de valorização.
Fundos multimercado
Operam ações, moedas, renda fixa e outros ativos, de acordo com o regulamento do fundo. Não possuem obrigatoriedade de investimento mínimo em nenhuma classe específica e podem variá-las conforme a conjuntura, buscando melhores resultados.
Fundos cambiais
Devem ter pelo menos 80% da carteira aplicada em operações envolvendo moedas estrangeiras (dólar, euro, yuan etc.). São indicados para quem ter uma proteção contra a desvalorização do real ou está planejando uma viagem ao exterior.
Outras classificações de fundos de investimento
Além dessas categorias, também há outras formas de classificar os fundos de investimento, de acordo com seu objetivo, instrumento ou alguma outra particularidade. Os fundos de investimento em cotas (FIC) ou “fundos de fundos”, investem em cotas de outros fundos de investimento. Podem ser uma boa alternativa para quem tem pouco capital disponível, mas quer ter uma carteira diversificada.
Há também alguns tipos de fundos que são negociados diretamente na bolsa de valores, da mesma forma que se negocia uma ação. Podemos citar como exemplos os fundos de investimento imobiliário (FII) e os fundos de índice (Exchange Traded Fund ETF).
Existem ainda os fundos de previdência privada, que têm a proposta de formar uma reserva para a aposentadoria ou algum outro objetivo de longo prazo. Eles apresentam vantagens tributárias e facilitam a transmissão do valor aplicado para os herdeiros em caso de falecimento do titular.
Você já investe em algum fundo? Conhece outro tipo que não foi mencionado aqui? Conta para a gente nos comentários!
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