O que são ETFs
Os Exchange Traded Funds (ETFs) são fundos que têm o objetivo de acompanhar um índice de referência da forma mais próxima possível. Também conhecidos como fundos passivos. Diferentemente dos fundos de investimento tradicionais, eles são negociados em Bolsa, como se fossem ações.
A ideia principal por trás dos ETFs é permitir a aplicação em uma determinada classe de ativos. Por exemplo, você acredita que as ações brasileiras de maneira geral têm um bom potencial de valorização, mas não sabe exatamente quais vão se sair melhor. Nesse caso, você pode comprar um ETF que segue o índice Ibovespa, que reúne as ações mais negociadas na bolsa de valores brasileira.
Além de ETFs que seguem o Ibovespa, há também outras opções que seguem, por exemplo, o índice SMLL, que segue a variação das principais small caps (grupo de empresas com baixa capitalização) do mercado brasileiro. Também é possível encontrar ETFs que replicam índices do exterior, como o índice americano S&P 500 ou até mesmo índices ligados à renda fixa.
Vantagens de investir em ETFs
Investir em ETFs é uma forma de diversificar a carteira mesmo sem muito dinheiro. É também uma forma simplificada de ganhar exposição inclusive a ações de empresas estrangeiras. Como dito acima, é indicado para aqueles que querem investir em uma determinada classe de ativos sem ter que se preocupar em selecioná-los, seguindo o movimento macro do mercado.
Outra vantagem é a praticidade. Embora teoricamente você possa replicar, por exemplo, o Ibovespa por conta própria, seria necessário acompanhar as alterações no índice e balancear constantemente o peso de cada empresa no seu portfólio. Além de dar muito mais trabalho, também exigiria uma soma considerável de dinheiro. Isso sem falar nos custos, pois você precisaria arcar com as taxas relativas a cada operação como corretagem, emolumentos etc.
Custos de investir em ETFs
Falando em custos, obviamente também há um preço a pagar caso sua escolha seja por investir em um ETF. No entanto, normalmente acaba saindo mais barato do que as outras opções disponíveis. Um dos principais custos associados é a taxa de administração, como ocorre em outros fundos de investimento.
Por se tratar de um fundo que não exige muito do gestor, uma vez que sua função é apenas replicar um índice existente, as taxas de administração costumam ser mais baixas. Esse, aliás, deve ser um dos critérios na hora de escolher um ETF para investir. Caso dois ETFs sigam um mesmo índice de referência, é muito provável que o que tem a taxa de administração mais baixa apresente resultados melhores para o investidor.
Apesar disso, outros fatores podem influenciar também no desempenho de um ETF, que pode ser inclusive ligeiramente diferente do índice de referência. Isso acontece porque pode haver algumas dificuldades e atrasos nos ajustes necessários para que a carteira reflita exatamente a composição do índice. Mas normalmente essas divergências são pequenas e temporárias. Também pode ocorrer devido aos próprios custos das operações, que, embora menores que os praticados para pessoas físicas, também existem.
Tributação
A tributação dos ETFs que replicam índices de ações, como o Ibovespa, é de 15% sobre o lucro obtido na operação. No entanto, enquanto pessoas físicas têm isenção na cobrança de imposto de renda nas vendas de ações até R$ 20 mil por mês, essa regra não se aplica à venda de ETFs. Elas serão sempre tributadas se houver lucro. No caso dos ETFs de fundos imobiliários a alíquota é de 20%.
Tanto para os ETFs de ações quanto para os de fundos imobiliários, a responsabilidade pelo recolhimento do imposto é do próprio contribuinte. Deverá ser feito até o último dia do mês seguinte ao da realização da venda do ETF por meio de DARF (Documento de Arrecadação da Receita Federal). Para os ETFs de renda fixa o imposto de renda é de 15%. Nesse caso o IR já é retido na fonte pela corretora onde é feita a transação.
Fundos Indexados
Uma alternativa possível aos ETFs são os fundos indexados. São fundos de investimento que também buscam seguir a performance de um determinado índice replicando sua composição. Nesse caso, não são negociados em bolsa e funcionam exatamente como os demais fundos de investimento tradicionais.
Uma das vantagens desse tipo de fundo é que o imposto de renda já é calculado e retido quando acontece o resgate, sendo necessário apenas declará-lo com as informações prestadas pela corretora anualmente. Também pode ser mais prático para quem já investe em outros fundos, mas não está familiarizado com o ambiente do home broker, onde são negociados os ETFs. No entanto, os resgates costumam demorar mais e as taxas de administração costumam ser mais altas.
Então se você é iniciante no mundo dos investimentos e não sabe bem por onde começar ou simplesmente não quer esquentar muito a cabeça com isso, os ETFs e os fundos indexados podem ser boas alternativas para começar a desbravar esse novo mundo.
Você já investiu em algum ETF ou fundo indexado? Conta aqui nos comentários.